Episódio 45

Terapia de choque!

Os nossos heróis acabam de chegar a Electra Island, onde Eros tentará vencer o seu sexto crachá na Liga Drijion e Victor, April e Eeva tentarão vencer o Torneio Stone. No seu barco, também viajaram Fyro e Sean sendo que o comandante do barco fora, mais uma vez, Sr. Stone.
- Pai?! – exclamaram os nossos heróis.
- Sim, malta. O Sr. Stone é o nosso pai. – afirmou Sean.
- Podem chamar-me apenas Stone, pessoal. – comentou Sr. Stone.
- Isto é esquisito. Isso quer dizer que vocês são a família Stone e que vocês têm o nome deste arquipélago! – afirmou Teddy.
- Precisamente, Teddy. – reparou Sean – E ainda temos mais um irmão, líder de ginásio de Electra Island.
- Amprus, acertei?
- Vejo que o meu pai já te pôs a par de algumas coisas. Viemos cá porque o Amprus já não nos vem ver há muito…
- Ele sempre foi um pouco afastado do Sean e do Fyro. – afirmou Sr. Stone.
- Tal como na história da formação do Stone Archipelago! – exclamou Teddy – Que coincidência!
- O Teddy já teve a amabilidade de nos contar toda a história. – brincou Eros.
- Mas por que se separou o Amprus de vocês? – perguntou Eeva.
Sean respirou fundo e começou:
- Tudo começou quando éramos crianças. Todos nós vivíamos em Heatwave Island. Eu e o Fyro, tal como todas as crianças do Stone Archipelago, ficávamos fascinados pelas histórias e lendas sobre este arquipélago. Porém, o Amprus não acreditava em nada do que se dizia, pois tudo para ele era científico, era impossível que três Pokémon tivessem criado este conjunto de ilhas. O Amprus sempre foi discriminado por todas as outras crianças. Nós respeitávamos a sua opinião, mas ele acabou por se afastar de nós. Decidiu ir para cá, Electra Island, quando ficou adulto. Desde então, raras são as vezes que o vemos. – Sean já dizia estas últimas palavras com lágrimas nos olhos.
- E se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé, não acham? – brincou Fyro.
- Acho que temos de encontrar o Amprus o quanto antes! – exclamou Eros. – Temos de fazer com que todos fiquem amigos outra vez, uma família.
- Adorava, Eros. Mas tenho trabalho para fazer. – comentou Stone.
- Stone, nem pense. Hoje tem de ver o seu filho. Vamos para o ginásio!
Fyro mostrou aos nossos heróis onde era o ginásio. Parecia um túnel, como se ali estivessem a fazer escavações.
- É um ginásio um pouco… diferente. – afirmou April.
- Vocês estão a gozar? Isto é um máximo. O Amprus deve fazer pesquisas no seu próprio ginásio! – disse Teddy, algo excitado.
Depois de falarem com o árbitro, fingindo tratar-se de um combate de ginásio, Amprus surgiu.
- Qual de vocês será o meu adver…
A voz sucumbiu. O rapaz de cabelo loiro-torrado não queria acreditar no que estava a ver.
- Fyro? Sean? Pai? Que fazem aqui?
- Viemos ver-te, Amprus! Como te atreves a não contactarmos este tempo todo? Ou nem sequer ter-nos ido visitar? – perguntou Sean.
- Se tu me perguntas isso, eu tenho de perguntar o mesmo. – disse Amprus, algo vitorioso.
- Deves pensar que és esperto. Atendias alguma chamada feita por mim?
- Não tinha intenções de o fazer. Eu ando algo ocupado com as minhas pesquisas. Vocês sabem disso. E o que fazem os miúdos aqui?
- Andas sempre ocupado e usas isso como desculpa. E umas férias, não? – perguntou Fyro – Os miúdos são o Eros, April, Victor, Teddy e Eeva. Foram eles que nos convenceram a vir falar contigo para nos reconciliarmos.
- Os miúdos de hoje em dia são tão intrometidos…
- Como te atreves, Amprus? – começou Eros – Tu estás a fazer uma tempestade num copo de água! Só porque vocês tinham gostos diferentes? Não pode ser só por isso!
- Seria inveja? – perguntou Victor.
- Ciúmes? – perguntou April.
- Vocês não podem saber de nada. Eu toda a vida fui massacrado por ter razão. Tudo o que existe no nosso mundo, acham que foram Pokémon que o fizeram? Foi a Mãe Natureza, Eros e companhia.
- Amprus, eu sou o Teddy, e acho que tudo o que dizes tem razão de ser, mas eu acho que a Ciência misturada com ficção e lendas e mitos é uma das coisas mais maravilhosas. Há coisas em que não temos de saber a sua verdade científica, percebes. A história deste arquipélago é muito bonita, bonita demais para ser desmanchada, percebes?
- Teddy, como és inteligente, como sabes tanto disso?
- Eu também sou cientista, quer dizer, quero ser, mas o meu pai ensinou-me muitas coisas e uma delas foi que o trabalho de um cientista é fazer o melhor para o humanidade, e que por vezes mais vale termos como verdade algumas histórias que não podemos negar, ou que são belas demais para desaparecer.
- Teddy, que palavras lindas! – disse Eeva.
- Sean, Fyro, pai. Como fui parvo. Estes anos todos tentei descobrir a origem desta ilha quando devia ter passado esse tempo com vocês. Perdoem-me.
- Claro, Amprus! – gritou Fyro – Mais logo vais levar com todas as almofadas lá da tua casa!
Todos riram-se, e depois todos os Stone deram um grande abraço.
- Agora que está tudo bem, quem é que me vai defrontar? – perguntou Amprus.
- Serei eu! – exclamou Eros, confiante.
- Ele já me derrotou a mim e ao Fyro. – comentou Sean.
- Então serás um adversário muito interessante. O que me dizem de todos nós ficarmos lá em casa, a descansar?
- Claro! – gritou April.
- April… - suspiraram os outros.
Tudo em casa de Amprus era tecnológico. Tinha robots que faziam todo o trabalho.
- Isto é que é vida, mano. Por isso é que não sais de Electra Island! – brincou Fyro.
- Fyro, por favor. Não vamos mais falar sobre isso. Meninos, o vosso quarto fica no fundo à esquerda. Meninas, à direita.
- Obrigado, Amprus! – agradeceram todos.
Depois de rapazes e raparigas se despedirem e de ainda conseguirem ouvir os quatro homens na sala a rir em alta voz, o silêncio tomou conta da casa depois de ouvirem que Stone tinha de partir pois tinha uma tarefa nocturna naquele dia.
Já Victor e Teddy dormiam quando Eros foi para a varanda do quarto. Olhava para a lua e lembrou-se de como foi escolher o seu primeiro Pokémon, e todas as outras capturas e também como foi vencer todos os outros mestres de ginásio. Estava preocupado com o que podia acontecer, e decidiu ir treinar lá para fora. Teve o maior cuidado possível para não acordar os seus companheiros de quarto.
Estava uma noite fria. Eros ainda lembrou-se do quão crescera neste tempo. Dentro de dois dias, faria um ano desde que começara a sua aventuras pelo mundo Pokémon, ou seja, faria onze anos nesse mesmo dia. Queria muito passá-lo com a sua mãe, mas não podia, e isso entristecia-o bastante.
“Vou é treinar para o combate de amanhã!” pensou.
Lançou todos os seus Pokémon e dizia todo o tipo de ataques e técnicas possíveis. Foi então que olhou para a janela e reparou que April contemplava o seu treino. Há já quase um ano que conhecera April e depois lembrou-se que a seguir conheceu Victor e depois Eeva e a seguir Teddy. Tinha bons amigos com quem contar. April fez um sinal de adeus com um sorriso. Percebeu que a sua amiga estava orgulhosa do seu progresso.
“E eu estou orgulhoso de todos vocês, meus amigos humanos e Pokémon, por me ajudarem nesta longa caminhada”.
E continuou a treinar pela noite dentro, pensando já em ganhar o seu sexto crachá na Liga Drijion.

1 comentário:

  1. Pois, pois para mim o Eros não cresceu muito mas whatever, gosto dele assim. Óptimo episódio, pepe. Um pouco lameschas, mas não muito. Foi uma boa mudança em relações aos outros episódios em que era só combates de pokémon e pokémons...
    O Teddy devia fazer mais discursos XD!
    O Eros devia receber aulas de etiqueta... se um puto me gritasse assim sobre mural e como me devia comportar eu dava-lhe um estalo! Mas isto é ficção e por isso não posso fazer nada se os pais não lhe deram educação ;P
    As raparigas e o Victor não falaram neste episódio... :(

    Força nisso pepe!
    ~
    Maria, a verdadeira maninha~ ^^

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