Episódio 62

Aprender compensa

O tempo em Solaceon estava a ficar frio. Os Pokémon do Daycare da aldeia não podiam estar mais cansados, por isso, era altura de ir dormir. April, Teddy e Eeva estavam a ajudar tomar conta de alguns Pokémon, enquanto os pais de Eeva estavam fora.
- Obrigada por nos deixares passar a noite aqui por tua casa, Eeva. - agradecia April.
- Ora essa, April. Foi óptimo ter passado aquela jornada no Stone Archipelago com vocês. Era o mínimo que podia fazer. Como estão o Eros e o Victor?
- Eles estão...
De repente, o Pokétch de April começou a apitar e a nossa criadora preferida atendeu.
- Olá, Eros. Está tudo bem, por aí?
- Está sim, April. E por aí?
- Tudo óptimo. Eu e o Teddy estamos instalados em casa da Eeva, e amanhã à tarde vamos para aí. A Eeva manda um beijinho a todos. O Teddy abraços.
- O Victor manda beijinhos, abraços e a Cleo manda muitos beijos a todos.
- Cleo? Por que esse nome não me é familiar, Eros?
- Deveria ser. Ela é uma Pokémon Idol muito conhecida em Sinnoh. Desculpa não te ter dito antes mas... ela agora faz parte do nosso grupo.
- A sério? Sem nos terem consultado, a mim e ao Teddy?
- Ora, April, não há problema... - Teddy não se importava nada de ter uma Idol no seu grupo, obviamente.
- Ninguém te chamou para a conversa, Teddy. Eros, não queres passar o teu Pokétch à Cleo, por favor?
- Ela já se foi deitar. Sono de beleza, disse-me ela. A ideia de se juntar a nós foi do Victor, depois de ela convidar-se a si mesmo para entrar.
"Obrigadinho, Eros" conseguia-se ouvir.
- Bem, Eros. Espero que vocês fiquem bem, então. Depois falamos sobre isso, ok? Beijinhos a todos. Vemo-nos no final do concurso, pois iremos desde Solaceon a Eterna de bicicleta, e não de carro.
- Ok, April. Beijinhos, e desculpa.
- Não há problema.
April desligou o seu Pokétch, e respondeu à pergunta de Eeva.
- Eles estão feitos comigo! Nunca vou tolerar isto.
- Estás com vergonha de não ser mais a única rapariga do grupo? - Eeva sorria.
- Não me gozes, Eeva. Eu não tenho ciúmes. Podiam pelo menos ter perguntado a mim e ao Teddy primeiro.
- Eu não me importo, já disse. - Teddy falou.
- Ninguém falou contigo. Rapazes, sempre o mesmo.
Foi então que de lá de dentro ouviu-se um Pokémon a gritar. Os três correram em direcção ao terreno onde descansavam. Tratava-se de um Charmander, cuja chama da cauda estava muito fraca. Ninguém soube o que se tinha passado.
- Coitado! Charmander. O que se está a passar? - Eeva estava a entrar em pânico. - Isto nunca me aconteceu antes!
- Se a chama se apaga, ele morre! - Teddy estava a ficar muito assustado.
- Meninos, primeiro temos de o acalmar, se não vai perceber que estamos nervosos e assim também ficará. - April ia fazendo festas ao Pokémon de fogo, para que este se acalmasse. Eeva e Teddy estavam impressionados com a mudança de humor de April.
- Isto deve-se por causa da humidade do ar. O Charmander ficou cá fora, e isso não devia acontecer. Ele descuidou-se. Agora, vamos aquecê-lo com alguns cobertores, que vocês deixaram por aqui. Muito bem, agora, Vulpix, vamos a isto! Lança Flamethrower para o ar.
Com isto, a atmosfera em redor de Charmander aqueceu e a sua chama voltou ao normal deste Pokémon.
- Agora, Charmander. Tens de ir lá para dentro, para comer e descansar. - April sorria.
O Pokémon estava muito agradecido. Era um Charmander selvagem que a família de April acolhera, e não estava habituado ao ambiente tão húmido da noite, pois protegia-se com a família. Desviou o seu olhar e viu Teddy com o seu Teddiursa, a brincar e ficou triste, mas fez o que April pediu.
- Foste formidável, April. Não sei o que dizer. Muito obrigada. - Eeva estava muito feliz com a sua amiga.
- Tudo graças ao teu livro, Eeva.
- Não, April. Tudo graças a seres uma boa criadora.
- Não digas isso, que eu coro. Bem, pessoal, já é tarde. Vamos dormir, não?
- Vocês vão-se deitando, meninas. Eu acho que vou ter com aquele Charmander para brincar com o Teddiursa um pouco. Ele pareceu triste quando o viu comigo.
- Ok, Teddy, mas não te demores.
- Claro, April. Até amanhã.
- Até amanhã! - disseram ambas.
Teddy entrou dentro do abrigo e viu Charmander deitado, muito pensativo.
- Charmander.
- O Pokémon virou-se e ficou muito contente ao ver Teddy e Teddiursa.
- Vi como ficaste ao nos ver juntos, e pensei que talvez quisesses brincar um pouco connosco. O que te parece?
O Pokémon saltou de alegria e começou logo a brincar com o nosso herói e com o seu Pokémon.

Na tarde do dia seguinte, Teddy e April despediam-se de Eeva.
- Obrigado por tudo, Eeva. Adorámos rever-te. - Teddy estava corado, assim como Eeva.
- Eu é que tenho de agradecer a vossa ajuda ontem.
- A vossa? Fui eu que fiz tudo! - April gabava-se.
- April, o Teddy brincou com o Charmander ontem e é graças a isso que ele hoje está tão bem disposto. Ele não estava assim desde que se separou da família.
- É isso, Eeva. Protege-o... - April ficou triste.
- April... estava apenas a tentar ser justa.
- Mais me parece outra coisa...
- O que queres dizer com isso?! - Eeva corou.
- Pessoal, a conversa está boa mas temos de ir. April?
- Sim, vamos, Teddy.
Foi então que surgiu Charmander, que saltou para os braços de Teddy.
- Eu diria que ele quer ser teu companheiro, Teddy! - Eeva reparou.
- É, Charmander?
O Pokémon fez um "sim" com a cabeça.
- Eu acho que ele é um pobre e mal agradecido. Eu salvei a tua vida! - April protestava.
O Pokémon disparou fogo contra a nossa criadora de Pokémon preferida, que começou a correr em direcção à bicicleta alugada.
- Bem, parece que ela já se vai. Adeus, Eeva.
- Adeus, Teddy. Toma bem conta do Charmander, e manda cumprimentos a todos, incluindo à vossa nova parceira.
- Assim o farei, Eeva. Até! Vamos, Charmander!
E assim, Teddy tem agora um Charmander no seu lote de Pokémon. Ele e Eeva seguem em direcção a Eterna, onde estão Eros, Victor e Cleo.

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